A Tasca do Adérito
Os melhores petiscos de Portugal e arredores.
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Nando Nobre
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Não era ja de esperar?
Depois de um prolongado interregno, a Tasca volta finalmente a funcionar. E apesar de com bastante atraso, volta precisamente para falar acerca de um dos acontecimentos que têm marcado o panorama político português.
Tal como já era de prever desde a posse do 2º governo de José Sócrates, o executivo já não está em funções. Ou com demissão (como foi o caso) ou com uma moção de censura, mais cedo ou mais tarde tal iria acontecer. Errou o Presidente da República quando deu posse a um Governo de minoria na actual conjuntura. Mas adiante.
Vamos começar por uma pequena retrospectiva: Sócrates negociou o PEC I ainda com Manuela Ferreira Leite, certo? Sócrates negociou o PEC II com Pedro Passos Coelho, certo? Sócrates negociou o PEC III também com Passos Coelho, certo? Sócrates negociou o último Orçamento de Estado novamente com Passos, certo? Então porque é que decidiu avançar com o anúncio de um PEC IV sem consultar ninguém e sem tentar negociar com ninguém, quando anteriormente tentou sempre garantir previamente que os diplomas eram aprovados antes de serem postos a votação na AR?
Pois, segundo a minha humilde opinião existem duas razões bastante fortes:
1. Depois do discurso inflamado de Cavaco Silva na sua tomada de posse, Sócrates viu aqui uma irresponsável forma de vingança. Não informou a figura cimeira do nosso país das novas medidas de austeridade, e viu nesse acto uma forma de se elevar acima de tudo e de todos. Se bem se lembram, Sócrates tinha garantido pouco tempo antes do anúncio que a execução orçamental estava a correr melhor do que o expectável. Assim nada fazia prever mais austeridade.
2. Sendo Sócrates um político com muitos defeitos, mas com algumas qualidades, percebeu que esta era a melhor altura para provocar a sua própria queda. Apresentou um novo PEC à socapa, sabendo de antemão que era improvável que este fosse aprovado. E assim conseguiu um argumento para a sua já constante vitimização. Aproveitou para dizer que o papão do FMI não vinha devido aos seus erros, mas sim devido à irresponsabilidade da oposição, e subiu nas sondagens. Ainda acrescentou a tudo isto o facto de ter conseguido ir a eleições antes do PSD subir nas sondagens e descolar assim do PS. Um golpe de génio, não fosse o facto de prejudicar directamente o país e os portugueses.
Compreendo que o português esteja desinteressado e desiludido com a política. Porém fico com muito pena que um político falso e malabarista como José Sócrates consiga continuar, depois de 6 anos, a sua vitimização. E sempre a colher novos frutos.
O caminho é difícil, e as alternativas são também elas difíceis de avaliar. Porém Sócrates já deu provas credíveis daquilo que é capaz. E disto não quero mais.
Saudações Tasqueiras.
terça-feira, 1 de março de 2011
A parva da Isabel qualquer merda
Aceito que se diga que alguns jovens de hoje (e aqui incluo quem vá dos 16 aos 35 anos) são pouco lutadores. Aceito que se diga que alguns jovens são desinteressados e que se refugiam em expectativas demasiado baixas. Aceito isso tudo.
O que eu não gosto (chega a irritar-me) é que se façam generalizações. E que uma senhora com elevado défice de QI diga num órgão de comunicação social que os jovens de hoje em dia se fazem de vítimas. A referida senhora deveria lembrar-se que actualmente, na grande maioria dos cursos superiores, a saída da faculdade é uma enorme dor de cabeça. É a procura de emprego, sem sucesso na maioria dos casos. Acabamos por ir parar a áreas que não se relacionam nada com a nossa formação, mal remuneradas. Ou isso ou emigramos. Portugal está podre, e se somos nós que temos que dar a volta à situação, deixem-nos dar a volta à situação. Somos a geração (de longe) com mais formação académica. Deixem-nos aplicar o que aprendemos.
Como querem que consigamos evoluir se passamos uma vida num emprego sem formação, mal remunerado, e ainda com contratos a prazo? Como podemos comprar um carro, comprar uma casa, ter um filho (ou até ter um cão), se não sabemos quando nos vão pôr na rua, desempregados?
Ontem no supra-referido programa, ouvi uma opinião que me agradou: o problema dos jovens não é a falta de intervenção do Estado, mas sim o excesso de intervenção do Estado. É verdade que Portugal é dos países Europeus com mais protecção de emprego. Por isso não se fazem contratos, porque se algo correr mal, esta protecção toda leva a que seja muito difícil dar a volta por cima. Mas isso não é culpa nossa. Isso é culpa da geração da senhora Isabel qualquer merda!
Vir dizer que nos fazemos de vítimas é de muito mau gosto. E essa Isabel devia, ela sim, aplicar aquilo que (talvez) aprendeu no seu ensino superior. Não deve estar a faze-lo.
Para acabar digo aquilo que me apeteceu dizer mal li o seu artigo: Vá pó caralho!
Saudações Tasqueiras.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
O novo mundo
Com todos estes protestos (que eu aplaudo de pé) parece que começamos a entrar numa nova organização mundial. Se de facto as revoluções tiverem resultados práticos (e não servirem apenas para mudar de ditadura, como muitas vezes acontece), iremos concerteza entrar num novo mundo. E não nos podemos esquecer das consequências que esse novo mundo poderá ter para nós, europeus.
A verdade é que o encarecimento de produtos básicos não pode ser excluído. A instabilidade mundial leva a instabilidade económica, mesmo que os países em questão não estejam directamente envolvidos na produção dos produtos em causa. As frequentes subidas do preço de bens essenciais pode já ser o reflexo disto mesmo.
Não é de excluir também a possibilidade de ocorrência futura de guerras, sendo um conflito Egipto-Israel o que de momento parece mais possível (conforme o que ocorra nos próximos tempos) .
Um mundo de redes sociais, em que a comunicação aparece muito facilitada, leva a que as pessoas se apercebam de que não são livres e de que podem ter uma vida melhor. Temos que nos habituar a isso, e temos que o encorajar.
Saudações Tasqueiras.
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Presidenciais II
Por pouco não se confirmaram as minhas previsões:
Depois desta eleição talvez tenha desaparecido uma geração. E sem dúvida que a esquerda do PS saiu frágil, assim como Sócrates, que com esta derrota deixa mais espaço aos adversários para o mandarem abaixo.
Inicialmente dizia que Fernando Nobre ia estragar a imagem dele ao envolver-se na política. Mas volto a repetir que acho que foi precisamente o contrário. Tal como disse, mostrou que a cidadania não política (porque a política é o posto máximo da cidadania, quando bem feita) tem rostos e tem base de apoio.
Uma das coisas muito negativas desta eleição foi a abstenção (a par dos problemas com o cartão de cidadão). As pessoas deixaram de se interessar por política e por votar, que é um direito que deve ser exercido. Nem que seja para votar nulo ou em branco (que aliás também bateram todos os recordes). Nem com o nosso próprio destino nos importamos.
Saudações Tasqueiras.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Presidenciais
Pois bem, hoje é o último dia de campanha. E como não podia deixar de ser, pelo menos 3 sondagens foram publicadas, com resultados muito parecidos.
Pessoalmente não concordo com nenhuma delas. Penso que iremos ter uma eleição bastante parecida com a última, com um Nobre a fazer de Alegre. Ou seja, Cavaco em primeiro lugar (sem garantias de ganhar à primeira volta), Fernando Nobre em segundo, Manuel Alegre em terceiro, Fernando Lopes em quarto, Coelho em quinto e o pobre Defensor Moura em último.
Ao longo da campanha, quem mais se evidenciou foi sem dúvida Fernando Nobre. Continuo a manter a minha opinião de que não se devia ter metido na política. Não tinha nada a provar, e a imagem dele podia sair muito deturpada desta luta. No entanto, e tal como também referi, conseguiu limar as tais arestas, e conseguiu afastar-se do rótulo de anti-candidato, uma vez que foi o único que não andou constantemente a fazer acusações a Cavaco Silva. Porém, não sei até que ponto será a fonte de estabilidade de que o país precisa, pois caso seja eleito (o que é francamente difícil) deverá querer mostrar acção.
Por outro lado, Manuel Alegre perdeu muito com os ataques constantes a Cavaco Silva. Se a ideia era cativar o eleitorado, penso que conseguiu exactamente o contrário. Não apresentou ideias, teve debates muito pobres e limitou-se a lançar calúnias, das quais os eleitores não gostaram.
Cavaco Silva não surpreendeu na campanha. Apesar de não ter esclarecido as polémicas em que estava envolvido, ninguém chegou a perceber muito bem o que aconteceu, nem ninguém conseguiu perceber se de facto ocorreu ali alguma coisa errada. Sou defensor de que aquilo de que o acusam é mais da esfera privada do que da pública, mas se não há nada a esconder, também não deveria haver problemas em explicar ao país o que de facto aconteceu.
Acerca de Fernando Lopes, não há nada a dizer. Foi um candidato à PCP, com a luta sempre na ponta da língua e sempre a falar mal dos grandes grupos económicos. Ainda ensaiou alguns ataques a Cavaco Silva. Esta candidatura deverá ter servido apenas para apresentar aos fiéis militantes comunistas (e aos outros) quem vai ser o seu próximo líder.
Para terminar, no campeonato dos mais fracos, Coelho acabou por também surpreender. Não é tão burro quanto quer fazer parecer, e conquistou votos à custa do seu populismo. Porém, obviamente que nem ele quer ser Presidente da República. Defensor Moura deu a ideia de ser um anti-candidato do PS, que servia apenas para dizer o que Alegre não queira/não podia, e deverá perder ainda mais devido a esse facto.
A ver vamos no próximo Domingo.
Saudações Tasqueiras.
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Outra vez o Seabra.
O indivíduo, muito jovem, matou uma pessoa. E isso até acaba por ser a parte menos grave. De seguida mutilou os orgãos genitais e um olho (volto a repetir: sim, foi mesmo um olho) da vítima. E ainda se referem a ele com a orgulhosa expressão "filho da terra"?
Parece que para algumas pessoas ser falado no estrangeiro é que é o importante. E tanto faz se for porque o melhor treinador do mundo é português ou se for porque um português matou outro português de forma altamente brusca em Nova Iorque!