Ontem estive a ver a entrevista do nosso Zé na Sic e, fora tudo o que o nosso amigo e primeiro ministro disse, existiram duas partes que me fizeram achar alguma piada à raça com que o Ricardo Costa estava ali a entrevistar o dito senhor.
Foi então a primeira dessas partes quando, depois de José Sócrates estar há alguns minutos a falar do que o seu Governo havia feito (o que foi uma constante ao longo da entrevista - o passado e o que já foi feito. Talvez para tentar levar o pessoal a dar'lhe mais uma maioria absoluta) no campo energético nestes últimos 3 anos, nomeadamente ao nível da energia eólica, Ricardo Costa lhe disse: "Sr Primeiro Ministro, não vamos estar aqui até à meia-noite a falar de ventoinhas".
A segunda foi quando, depois de José Sócrates dizer que Espanha, França, Itália, Alemanha, States, Japão já tinham entrado em recessão, o já referido Ricardo Costa ter acrescentado com toda a convicção "E nós entramos amanhã".
E, passando à realidade, é verdade. Apesar do optimismo do nosso pseudo'engenheiro (que ontem não foi tão visível), entramos hoje em recessão, em crescimento económico negativo. E as coisas não estão fáceis. Quando uma pessoa como o Zé perde a esperança, e já se atreve a pronunciar a palavra recessão, isto significa que alguma coisa está mal e que estamos bastante fodidos.
Quanto ao resto da entrevista (e deixando de lado durante um bocadinho este cenário, que a comunicação social continua a insistir em dizer que é tão dramático, alarmando ainda mais quem já se vê lixado para pagar as contas ao fim do mês) acho que lhe correu mais ou menos bem. Ficou bem patente que o senhor tem uma retórica invejável, e consegue fugir às perguntas que não lhe interessam de uma forma muito boa. Apesar disso, conseguiu clarificar a polémica em torno do Estatudo dos Açores, assim como acabou por admitir que realmente estava a ser um bocadinho positivo de mais, em termos económicos. Como não podia deixar de ser, acabou a pedir uma maioria absoluta nas legislativas de 2009, que provavelmente irá ter.
Pessoalmente, acho que já chega de Sócrates. O grande problema é que se olharmos para os restantes partidos políticos e respectivos líderes, não há nada melhor. Do mal o menos.
Saudações Tasqueiras, com recessão económica.
Foi então a primeira dessas partes quando, depois de José Sócrates estar há alguns minutos a falar do que o seu Governo havia feito (o que foi uma constante ao longo da entrevista - o passado e o que já foi feito. Talvez para tentar levar o pessoal a dar'lhe mais uma maioria absoluta) no campo energético nestes últimos 3 anos, nomeadamente ao nível da energia eólica, Ricardo Costa lhe disse: "Sr Primeiro Ministro, não vamos estar aqui até à meia-noite a falar de ventoinhas".
A segunda foi quando, depois de José Sócrates dizer que Espanha, França, Itália, Alemanha, States, Japão já tinham entrado em recessão, o já referido Ricardo Costa ter acrescentado com toda a convicção "E nós entramos amanhã".
E, passando à realidade, é verdade. Apesar do optimismo do nosso pseudo'engenheiro (que ontem não foi tão visível), entramos hoje em recessão, em crescimento económico negativo. E as coisas não estão fáceis. Quando uma pessoa como o Zé perde a esperança, e já se atreve a pronunciar a palavra recessão, isto significa que alguma coisa está mal e que estamos bastante fodidos.
Quanto ao resto da entrevista (e deixando de lado durante um bocadinho este cenário, que a comunicação social continua a insistir em dizer que é tão dramático, alarmando ainda mais quem já se vê lixado para pagar as contas ao fim do mês) acho que lhe correu mais ou menos bem. Ficou bem patente que o senhor tem uma retórica invejável, e consegue fugir às perguntas que não lhe interessam de uma forma muito boa. Apesar disso, conseguiu clarificar a polémica em torno do Estatudo dos Açores, assim como acabou por admitir que realmente estava a ser um bocadinho positivo de mais, em termos económicos. Como não podia deixar de ser, acabou a pedir uma maioria absoluta nas legislativas de 2009, que provavelmente irá ter.
Pessoalmente, acho que já chega de Sócrates. O grande problema é que se olharmos para os restantes partidos políticos e respectivos líderes, não há nada melhor. Do mal o menos.
Saudações Tasqueiras, com recessão económica.
12 comentários:
Adérito1 Amigo! Ainda hoje a Carmita e eu falámos sobre um ponto q referiste...Quem pra substituir o Sócrates e a maioria PS? Dava-nos tanto jeito um Obamatuga pra PM...Viste a entrevista dele nos 60 minutes???? Aquele, sim...
Enfim...temos q aguentar...
Bjs sem recessão
Não há oposição à altura, infelizmente. E é sempre assim, sem concorrência, há desmando...
Realmente acho que também voto na opção de mal menor amigo Tasqueiro. Ao menos já conheço quem me lixa...
Um abraço
Não havendo oposição , temos que nos contentar (ou descontentar) com mais do mesmo!
A técnica do gajo é resolver os problemas da crise enterrando-nos em dívidas até aos cornos para os próximos 50 anos. Ou mais!!!
A verdade é que todo o mundo está mal. Não podemos querer estar bem sozinhos.
Quanto às eleições, não vamos lá meter uma Ferreira Leite, um Portas, um Louçã, ou um Jerónimo? Não me parece.
Vinha eu desde o começo neste apropositado texto de hoje em plena concordância, eis senão quando esbarro na última asserção e consequente ilação. Mas já lá vou...
A entrevista, como bem refere, teve a originalidade de ter sido conduzida por dois entrevistadores que não se limitaram a ser 'pé de microfone', ou, pior do que isso, discípulos da seita 'socretina'. E de tal forma assim foi que conseguiram (o que não é difícil, convenhamos...) fazer estalar o verniz ao entrevistado e fazê-lo mostrar que para ele Democracia é uma coisa que funciona em pleno desde que os discordantes se envenenem todos...
A entrevista valeu por isso.
Quanto à conclusão do texto, pessoalmente, concordo... e discordo! De facto o deserto é imenso. Mas a resignação 'afadistada' do mal menor sempre foi a nossa maior 'virtude' (que tão sabiamente Salazar aproveitou, usou e abusou). A verdade é que nós, portugueses agora transvestidos de europeístas, há quase nove séculos que somos um fracasso e fazemos da frustração a nossa maior glória. Se for necessário ir ao chão para nos levantarmos, que seja. De cócoras é que não vamos a lado algum. Nunca fomos: ficamos sempre à porta. E mais foram as vezes que tivemos o chapéu na mão do que na cabeça.
E, por fim, ainda acresce outra (directa) razão: a principal função do primeiro-ministro nestes quatro anos foi, indubitavelmente, demonstrar inequivicamente que não sabe (ou não é capaz; o que vai dar no mesmo...) de governar com maioria.
Voto. Protesto. Em branco.
um grande abraço.
p.s.-(não será a forma mais apropriada, mas não quero deixar de lhe agradecer todas as suas palavras. Obrigado)
Há palavras que têm de ser ditas... *
Belo resumo da entrevista, a ver vamos o que vai acontecer...está tudo na expectativa...medo.
abraço
Fico admirado por um lado mas nada por outro.
Por um lado fico admirado pela atitude de Ricardo Costa, irmão de Álvaro Costa, amigalhaçao aí do Zé. Quando noutra entrevista não se viu o mesmo.
Não fico admirado pelo Zé fugir com o cú à seringa, pois já é expert no assunto! ;)
Caro Adérito, a paragem do blog tem a ver com o facto de ter sido admoestado pelo gabinete do PM ou pura e simplesmente porque funciona a gasóil agrícola?!
Anda um gajo a fazer uma estrada para cá, e nada!!!
LOL!
Avisaram-me da gaffe e não podia deixar de vir corrigir! No meu comment queria obviamente dizer que "António Costa" e não "ÁLvaro Costa" é irmão de Ricardo Costa! :D
È preciso mudar o óleo ao Táxi, definitivamente... ;)
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